O Menino Que Tirou A Polícia

O Menino Que Tirou A Polícia

O Menino Que Tirou A Polícia 1

Um automóvel carregado de terroristas armados fugindo a toda velocidade por uma rodovia da província de Punjab, no leste do Paquistão. Um tiroteio com a polícia. Saldo desfecho: quatro insurgentes mortos, nenhum agente ferido. Ocorreu no passado dia dezenove de janeiro. Como tantas vezes, a crônica poderia ter ficado lá, a versão oficial fornecida na polícia. Até que um piá de 9 anos de idade começou a comentar através da cama do hospital e contou outra história. O pequeno Umair Jalil alegou que 3 dos falecidos eram seus pais e tua irmã Ariba, de doze anos.

Iam a um casamento no veículo de um colega, quando a polícia lhes parou. O pai, dono de uma mercearia, implorou misericórdia. “Disse-lhes que cogieran todo o nosso dinheiro e que não disparasen. Mas eles começaram a atirar”, explicou Umair. O vídeo do garoto ferido, que bem como estava no automóvel e sobreviveu com tuas duas irmãs pequenos, se espalhou pelas redes sociais paquistaneses. A polícia disse que a família havia sido usada como escudo humano por terroristas, que os acribillaron a tiros antes de bater em retirada numa moto.

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Mas logo surgiram outras gravações de motoristas que presenciaram o tiroteio, se verificado pela manhã numa movimentada via nos arredores da cidade punyabí de Sahiwal. A polícia continuou mentindo: não havia rastro de moto e os únicos que se avenida era atirar os uniformizados. Em vez de armas e explosivos, foram gravados fora do veículo a toda pressa as bagagens da família. As autoridades mudaram de novo o relato: o condutor, chamado Zeeshan Yavaid, o amigo do pai, era um perigoso terrorista do Estado Islâmico. A família foi uma “vítima colateral”; os agentes não puderam observar que o carro havia mulheres e meninas por vidros fumê. A operação foi 100% correta”, insistiu o ministro da Justiça do Punjab.

A história da família Jalil se tornou símbolo da impunidade policial em nome da guerra contra o terrorismo. Em 2017, a Comissão para os Direitos Humanos do Paquistão registrou 60 encontros mortais com as forças de segurança, eufemismo pra execuções extrajudiciais.

ou melhor, pelo menos uma vez por semana, e isso sem contar todos os casos que não veio à luminosidade. A história do órfão Umair levantou uma onda de indignação “sem precedentes” no Paquistão, diz Saroop Ijaz, um advogado que trabalha para a oenegé Human Rights Watch. Os ativistas são céticos.

Mesmo no caso improvável de que o processo acabe com sentenças de prisão, sem uma reforma estrutural da polícia a história está condenada a se reiterar. “O terrorismo tem causado amplo agonia para a nação do paquistão e é indubitável que as forças de segurança enfrentam ameaças muito legítimos, porém isso não significa que não devam prestar contas”, reflete Ijaz. Mesmo que se prove que Yavaid tinha ligações terroristas (tua família nega), adiciona, “a polícia deve demonstrar que o exercício de brutalidade estava justificado e que não podiam prender-lhe em outro espaço e instante, sem colocar em risco pessoas inofensivos.