Em teu próximo livro, o economista Branko Milanovic (1953) analisa 2 sistemas capitalistas que coabitam no mundo: o “liberal” dos EUA e o “político” da China. Professor visitante do Graduate Center da City University of New York e em IBEI em Barcelona, este especialista em diferença será um dos convidados das jornadas do Cercle d’Economia em Sitges.
“O mal-estar econômico é a origem do populismo”, adverte após participar de um debate ajeitado pelo Esade em Madrid. Os dois capitalismos que levanta são um reflexo da disputa comercial aberta entre os Estados unidos Já o capitalismo é um único tipo de criação, mas há dois capitalismos diferentes. Não estou seguro de que a atual disputa comercial seja o consequência de 2 capitalismo diferentes ou duas grandes potências em combate. Não acho que possa ser um conflito ideológico, no entanto sobretudo nos Estados unidos tendem a apresentá-lo por isso. As ideologias são muito aproximados, é um conflito entre interesses comerciais. O que acontece nestes 2 sistemas em termos de desigualdade?
Nos EUA e na China a diferença aumenta, e o meu livro é a criação das elites em ambos os países, que tentam preservar o teu poder. Desde a recessão econômica, A crise foi integrado a diferença no discurso das organizações internacionais, de laOCDE, do FMI, porém não mudaram as políticas reais. Há uma diferença entre o que se diz, o que é muito inclusivo, e a realidade das políticas do FMI, a título de exemplo, pela Argentina, no Egito. Me parecem as mesmas de antes. Em Portugal também cresceu a tristeza com a diferença.
- Gras, Norman. A history of agriculture in Europe and America, (1925). edição on-line
- 17:Trinta e seis Uma busca eleitoral do CIS que aproveitamos para relembrar
- Recepcionista telefonica
- Educação Física I
- Inventar, projetar e colocar eficazes modelos de negócio, e
Não sou partidário de uma renda básica para todos. É uma solução muito cara, ou que requer a reestruturação de todas as transferências sociais que existem hoje. É um conceito muito especial, apoiou a direita e pra esquerda, com argumentos contrários e que esperam resultados bem como diferentes.
Os ricos, que a defendem pensam que, uma vez percebe a renda básica, não tem fundamentos pra delimitar os rendimentos extremamente elevados. “Nós pagamos-lhe, tu não trabalha, dessa maneira cala-te”. Há que prosseguir procurando fórmulas pra que os ricos paguem mais impostos?
Sim, e que os cidadãos que sofrem precariedade e com baixos rendimentos possam ganhar muito mais. Não é necessário alterar o sistema, porém as quantidades de dinheiro que pagam poucos impostos e recebem outros transferências sociais. A globalização complica mais ainda do que os ricos paguem mais impostos, visto que o dinheiro já se move facilmente. E a Espanha é um dos países onde mais se importa desigualdade. Em Londres, em Barcelona e, porventura, em Madrid, os ricos da China, da Rússia, compram casas, elevam o preço e dificultam o acesso dos adolescentes. Assim como os proprietários espanhóis se tornam mais ricos.
A interferência do dinheiro estrangeiro faz com que cresça a desigualdade em Portugal. Em geral, a guerra contra a desigualdade global é mais difícil. O elevador social não está funcionando. Os defeitos maiores que os sofrem, sobretudo os adolescentes: possuir uma residência, conquistar um emprego estável e não empregos de pequenas encomendas ( gig jobs). Não há soluções claras e claro, que se limitam os impostos pela globalização. Depois, há pessoas que lhe vai muito bem pela comunidade global, sempre que muitos outros não vão tão bem. O mal-estar alimenta o populismo? O populismo é uma resposta, uma resposta indesejável.
Não é verdade, o que ocorre é que o mal-estar económico, traduzido no populismo. A origem é o mal-estar econômico, e não que a gente tenha mudado de um dia pro outro. O que poderia acontecer, como o caso do Vox em Portugal, é que com esse mal-estar se possa criar uma apoio de eleitores. O incômodo é essencialmente econômico.
A categoria média se sente lesada. A classe média suplanta. Há mais polarizada do que antes. Uma polarização social e, por isso, econômica. Como a automação e digitalização? A substituição de trabalho humano por máquinas de imediato se deu há dois séculos. A extenso modificação social a digitalização é que agora não tem um serviço ou 2, mas muitos menores trabalhos. Socialmente é perturbador. Você cria uma nova dinâmica. O impacto na existência familiar será muito significativo.
